Livros Históricos
- julho 26, 2017
- Por: Lumet
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Os Livros históricos da bíblia são formados por relatos que vão desde a conquista da Terra Prometida até quase a época do Novo Testamento, cabendo ressaltar que tais livros não se reduzem apenas a relatos cronísticos de fatos, pois contém uma interpretação dos acontecimentos a partir da fé.
1. Josué
O primeiro livro da história deuteronômica, a história de Israel da conquista de Canaã até o exílio na Babilônia. Ele narra às campanhas dos israelitas nas regiões norte, sul e central de Canaã, a destruição de seus inimigos e a divisão das terras conquistadas entre as doze tribos. O texto é guiado por dois discursos no começo e no fim, o primeiro de Deus ordenando a conquista da região e o segundo, de Josué alertando sobre a necessidade da observância fiel da lei revelada a Moisés.
2. Juízes
Ele narra à história dos juízes bíblicos, os líderes inspirados cujo conhecimento direto de Javé, permitiu-lhes agir como campeões dos israelitas contra a opressão de monarcas estrangeiros e como modelos do comportamento sábio e fiel. requerido deles por Javé depois do êxodo do Egito e da conquista de Canaã.
3. Rute
Ele conta como Rute aceitou o Deus dos israelitas como seu Deus e os israelitas como seu povo. É um livro muito estimado pelos judeus por escolha, como revelado pela considerável presença de Boaz na literatura rabínica.
4. I Samuel
Conta à história de Samuel, um importante profeta, e do reinado do rei Saul até a sua morte, incluindo a guerra dos filisteus contra Israel e a grande façanha do jovem pastor David (mais tarde rei de Israel), ao derrotar o gigante Golias.
5. II Samuel
Conta à história de Israel a partir da morte de Saul e o subsequente reinado de Davi, com um suplemento no final. Em outras palavras, está centrado na figura de David, cuja história começa propriamente em I Samuel 16: e nas lutas dos pretendentes ao trono de Jerusalém. O período que vai desde o estabelecimento de uma monarquia formal ate o fim do reinado de Davi. Inclusive um período de guerra civil, o transporte da Arca da Aliança a Jerusalém, o relato do pecado de Davi, um cântico de ação de graças e a promessa de Deus sobre a descendência do rei. Digno de nota é a franqueza dos escritores, que não passam por alto nem mesmo os pecados e as faltas do Rei Davi.
6. I Reis
O livro trata do apogeu do reino de Israel, sua divisão em dois países entre as doze tribos após a morte de Salomão, a perversão moral tanto dos governantes quanto do povo que abandonaram a fé num único Deus para praticarem a idolatria aos deuses pagãos, mencionando os feitos do profeta Elias em seu ministério.
7. II Reis
Narra a história do profeta Eliseu e dos reis de Israel e Judá, dando prosseguimento aos acontecimentos narrados no livro de I Reis. Menciona a destruição do Reino de Israel, com sede em Samaria, que caiu em poder da Assíria em 722 AC, e a milagrosa resistência do rei Ezequias ao cerco de Senaqueribe. Termina com a destruição da cidade de Jerusalém por Nabucodonosor, rei da Babilônia, em 586 a.C., o qual leva os judeus como escravos para a Mesopotâmia, conforme foi profetizado por Jeremias.
8. I Crônicas
Os primeiros nove capítulos (I Cr 1-I Cr 9) contém uma longa lista de genealogias dos israelitas, desde Adão até os descendentes de Saul, os capítulos seguintes (I Cr 10-I Cr 29) narram a história do reinado de David, num relato que omite aspectos negativos como o pecado com Betsabeia e a revolta de Absalão.
Com a morte de Saul, em torno de 1010 a.C., Davi torna-se rei sobre todo o Israel e conquista a cidade de Jerusalém (1000 a.C.) que até então era uma fortaleza ocupada pelos jebuseus e se torna a capital de seu governo. Resolve então trazer a Arca da Aliança para Jerusalém e decide construir um templo para Deus na cidade, mas recebe uma mensagem do profeta Natã dizendo que o santuário seria edificado após sua morte por seu filho.
No entanto, Davi começa a fazer os preparativos para a edificação do templo de Jerusalém, reunindo o material que seria necessário para a futura obra. Faz de seu filho Salomão rei e lhe dá todas as orientações para que o templo viesse a ser construído por seu sucessor dentro de certos padrões.
O livro termina, em seus últimos versos, informando sobre o falecimento de Davi (970 a.C.) que teria reinado sobre Israel por quarenta anos e morreu, numa "boa velhice, cheio de dias, riquezas e glória", sucedido no trono por seu filho Salomão.
9. II Crônicas
Os nove primeiros capítulos deste segundo livro II Cr 1-II Cr 9 contam a história do reinado de Salomão, contendo um detalhado registro da construção do templo, cumprindo a promessa feita a seu pai, David, trata-se de um relato que omite aspectos negativos como o luxo e a idolatria no final daquele reinado.
Os capítulos seguintes II Cr 10-II Cr 36 relatam a partir do cisma ocorrido após a morte de Salomão, em torno de 930 a.C., no reinado de Roboão, e prossegue com a história dos outros reis que governaram Judá, os quais muitas das vezes afastaram-se dos mandamentos divinos, tolerando ou introduzindo a idolatria entre o povo, o que importava em castigos, sofrimentos e derrotas militares para as nações vizinhas.
10. Esdras
O tema é o retorno a Sião depois do cativeiro na Babilônia e o livro está dividido em duas partes, a primeira contando a história do primeiro retorno dos exilados, do primeiro ano de Ciro, o Grande (538 a.C.) até a finalização e de dedicação do novo Templo de Jerusalém no sexto ano de Dario I (515 a.C.); a segunda contando a missão subsequente de Esdras a Jerusalém e sua luta para purificar os judeus do que o livro chama de "pecado do casamento com não-judeus". Juntamente com o Livro de Neemias, representa o capítulo final na narrativa histórica da Bíblia hebraica.
11. Neemias
O livro consiste de quatro partes:
1. Um relato da reconstrução das muralhas de Jerusalém, e o registro do que Neemias encontrou ao retornar da Babilônia. Entre os detalhes estão a descrição de como Neemias se tornou governador de Judá (Ne, 1:1-2:20, 9), as diversas formas de oposição que sofreu, de Sambalá e outros, e descreve seu retorno anterior, sob Zerubabel.
2. Um relato da situação da religião entre os judeus do período - capítulos 8 a 10.
3. Aumento da população de Jerusalém; o censo da população masculina adulta, os nomes de seus chefes, juntamente com listas de sacerdotes e levitas.
4. Dedicatória do muro de Jerusalém, disposição das autoridades do Templo, e reformas executadas por Neemia.
12. Ester
Conta como Ester, uma jovem judia que estava entre os deportados, tornou-se imperatriz da Pérsia, ao se casar com o imperador Assuero (geralmente identificado com Xerxes I), e como seu primo e tutor Mordecai descobriu um complô contra a vida do rei; como o grão-vizir Hamã procurou liquidar os judeus; como Ester interveio, arriscando a própria vida; como Hamã foi enforcado e os judeus autorizados a fazer um contra-pogrom, cujo aniversário celebram com a festa do Purim.
13. Atos dos Apóstolos
O objetivo desse livro é mostrar a ação do Espírito Santo na primeira comunidade cristã e, por ela, no mundo todo. O conteúdo do livro não corresponde ao seu título, porque não se fala de todos os apóstolos, mas somente de Pedro e de Paulo. João e Filipe aparecem apenas como figurantes. Entretanto, não são os atos desses apóstolos que achamos no livro, mas antes a história da difusão do Evangelho.
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